Engenheira entra em coma após suposto erro médico cometido por amiga de infância em MG

A engenheira de produção Letícia de Sousa Patrus Pena, de 31 anos, está em coma no Hospital Mater Dei Contorno, em Belo Horizonte, após um procedimento médico realizado por sua amiga de infância, a anestesista Natália Peixoto de Azevedo Kalil. O caso está sob investigação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e do Conselho Regional de Medicina (CRM).

Procedimentos questionados

De acordo com Flávia Bicalho de Sousa, mãe de Letícia, Natália teria administrado duas injeções contendo três medicações, incluindo o anestésico cloridrato de ropivacaína, na coluna de Letícia. Os procedimentos ocorreram na residência da médica, em Nova Lima, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Após a segunda aplicação, em 20 de setembro de 2024, Letícia sofreu uma parada cardiorrespiratória, resultando em hipóxia cerebral e danos neurológicos severos.

Ação legal e investigação

A família de Letícia protocolou uma queixa-crime no MPMG em dezembro de 2024, acusando Natália de tentativa de homicídio com dolo eventual, alegando que a médica assumiu o risco ao realizar o procedimento fora de ambiente hospitalar adequado. Além disso, solicitaram a cassação do registro profissional de Natália junto ao CRM.

Contexto anterior ao incidente

Antes do ocorrido, Letícia residia em São Paulo e retornou a Belo Horizonte para realizar o procedimento com um neurocirurgião de confiança da família. Ela havia sido diagnosticada com a síndrome de Bertolotti, condição congênita que causa dores nas costas. Embora um ortopedista tenha recomendado cirurgia, Natália e outros médicos desaconselharam devido à invasividade do procedimento. Engenheira coma erro médico amiga MG